Após duas semanas de internação no hospital, Emílio
Santiago morre, em consequência de um AVC (Acidente Vascular Cerebral).
O carioca Emílio Santiago
nasceu em 1946. Por insistência da família, formou-se em direito. Mas, para a
nossa alegria arriscou ser cantor, tendo lançado seu primeiro compacto em 1973,
com as músicas "Transas de Amor" (Sebastião Tapajós e Marilena
Amaral) e "Saravá Nega" (Odibar). Com o sucesso alcançado ele
abandonou definitivamente a carreira acadêmica para se dedicar à música.
Há quatro anos, no dia 13
de abril, Emílio se apresentou ao lado de Dori Caymmi, no Bossa Brasil
Festival, em Nova York. A apresentação entusiasmou o crítico musical do The New
York Times, Stephen Holden, que classificou o show como "um diálogo íntimo
musical, suave e ao mesmo tempo áspero" e disse que a “voz de Emílio Santiago
era mais suave e profunda que a de Nat King Cole", em sua publicação de 24
de abril.
Apreciador de Nelson
Gonçalves, Cauby Peixoto e Anísio Silva, era também grande apreciador da Bossa
Nova, especialmente de João Gilberto.
Apaixonado pelo Recife, Emílio recebeu, em dezembro
passado, o título de Cidadão Pernambucano. Os muitos amigos deixados em Recife
o recebiam sempre com muita festa e alegria. É grande a saudade que ele deixa
por aqui.
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