por Rejane Menezes
“O que se busca não é ouvir falar
de Deus, falar sobre Deus ou mesmo falar a Deus. Busca-se, sobretudo, deixar
que Deus rompa o seu silêncio e fale no íntimo de cada um “.
Lançado em São Paulo no último
dia 07, na Livraria Cultura, chega às livrarias o mais novo livro de FREI BETTO, FOME DE DEUS, editado pela
Paralela/Cia das Letras.
Nos dias de hoje, em que todos
correm contra o tempo para cumprir compromisso, tem se tornado cada vez mais difícil
encontrar momentos de tranquilidade, de reflexão e de encontro consigo e com
Deus. No entanto, ao contrário do que pode parecer, a falta de tempo para a
intimidade com Deus não significa falta de necessidade. As pessoas que, muitas
vezes, se sentem carentes, vazias e perdidas, podem encontrar o que buscam em
pequenos instantes de espiritualidade.
Neste livro, Frei Betto, um dos
mais importantes líderes espirituais brasileiros, aborda temas como a oração, o
amor ao próximo, a fé e a vida de santos sempre a partir de um ponto de vista
contemporâneo. Por meio de textos simples, curtos, mas extremamente profundos,
ele nos propõe um encontro transparente e frequente com Deus, uma experiência
rica que é mais significativa do que imaginamos.
Muitas vezes tudo o que
queremos é uma palavra de conforto ou cinco minutos sem que nada nem ninguém
nos impeça de ter a certeza de que podemos ser melhores e de que tudo em nossa
vida vai ficar bem. Esta é justamente a mensagem deste livro. Que tal aumentar
esses momentos de nutrição espiritual em nossa vida?
Sem defender essa ou aquela
religião, Frei Betto nos propõe que, mesmo no caos do dia a dia, encontremos
tempo para Deus, para nós e para o próximo.
Dividido em quatro partes, este
livro começa com reflexões sobre espiritualidade: o que é espiritualidade, como
oramos, como meditamos, quem é Deus e como entrar em contato com ele. O autor
também nos convida a pensar sobre essas questões à luz de temas cada vez mais
presentes nos dias de hoje: ciência, política, consumismo, violência, entre tantos
outros. Nos terceiros e quarto capítulo, os textos nos trazem exemplos de
líderes espirituais como São Francisco de Assis e Maria Madalena, e nos
instigam a penas como o amor deve estar sempre presente em nossas atitudes.
Como escreve Frei Betto: “nada
que é feito com amor e por amor é pecado, pois p amor não pensa em si mesmo e
não busca o seu interesse; o amor é justo, não é discriminador, não explora o
trabalho alheio, nem favorece a opressão; o amor é social, procura o bem da
coletividade, liberta os oprimidos; o amor não tem prazer na injustiça, mas se
alegra com a fraternidade entre as pessoas. ‘Todo aquele que ama nasce de Deus
e conhece a Deus porque Deus é amor (1ª João,7,7-8)”.
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