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domingo, 3 de novembro de 2013

VINHOS & Cia: Redescobrindo o Brasil ( parte 2)



Por Sérgio Menezes

Terroir

Compreender o significado desse termo francês é um passo fundamental para os que se iniciam nos prazeres do vinho ( revista Adega em 11 de Novembro de 2010 ).

Segundo o guia Larousse, terroir é uma palavra francesa sem tradução em nenhum outro idioma. Significa a relação mais íntima entre o solo e o micro-clima particular, que concebe o nascimento de um tipo de uva, que expressa livremente sua qualidade, tipicidade e identidade em um grande vinho, sem que ninguém consiga explicar o porquê.

A qualidade da terra, a incidência de sol, a quantidade de chuva no período certo,  as temperatura certas nas horas certas, o momento da poda, até mesmo as práticas culturais de uma determinada região  definem o terroir de uma vinha e sua influência na qualidade de um vinho.

Isto pode explicar como uma mesma região e uma mesma casta podem apresentar resultados tão distintos em vinhas praticamente vizinhas.

Denominações de Origem Controlada

A Denominação de Origem Controlada (DOC) é o sistema de denominação de origem protegida utilizado para vinhos, queijos, manteigas e produtos agrícolas. 

Para além de proteger a designação de origem, a DOC também procura assegurar o nível qualitativo dos vinhos associados a determinada região, designadamente estabelecendo as castas autorizadas e recomendadas, os métodos de vinificação, o teor alcoólico mínimo, os rendimentos por hectare e o período de envelhecimento em garrafa ou em cascos de carvalho. Para garantir o cumprimento das normas estabelecidas, os produtores têm que submeter amostras dos seus vinhos às comissões vitivinícolas regionais.

Portugal foi o segundo país do mundo a criar uma região vinícola protegida, foi a Região Demarcada do Douro, criada em 1756 pelo Marquês de Pombal para assegurar a qualidade do Vinho do Porto

O Brasil por suas dimensões continentais possui  sete regiões onde se desenvolve a  vitivinicultura.
Historicamente a maior e mais importante região vinícola brasileira é a Serra Gaúcha, responsável por 85% da produção nacional.
De clima temperado quente, com temperaturas entre 12,9 e 22,9 graus centígrados, de relevo acidentado, solo de origem basáltica e altitudes variando entre os 400 e os 800 metros.
A Serra Gaúcha tem hoje as duas únicas áreas de produção enológica certificada do país. O Vale dos Vinhedos que compreende uma área de 72 KM quadrados entre os municípios de Bento Gonçalves Garibaldi e Monte Belo do Sul. Esta região foi a primeira a buscar a Denominação de Origem D.O. para seus rótulos.
Seguindo estes passos, Pinto Ferreira conquistou a Indicação de Procedência para   a região compreendida entre Bento Gonçalves e Farroupilha.
A Serra Gaúcha produz as variedades tintas de Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc, Tannat, Ancellota e Pinot Noir e as variedades brancas de Riesling Itálico, Chardonay, Prosecco, Moscatos e Malvasias.
A região dos Campos de Cima da Serra foi desmembrada da região da Serra Gaúcha exatamente por  suas características de clima frio e ventoso, além da predominância no cultivo de variedades híbridas. O que antes era um entrave para ser considerada da Serra Gaúcha passou a ser uma diferencial, pois a baixa temperatura e os ventos propiciam uma maturação mais longa e uma excelente sanidade das uvas cultivadas nesta região.
O clima é temperado, com temperaturas variando entre os 5º e os 26º centigrados, o seu relevo é de Platô de Altitude com solo de argila e basalto e altitudes variando entre os 900 e os 1100 metros.
Os Campos de Cima da Serra produzem as variedades tintas de Cabernet Sauvignon, Merlot, Tannat, Pinot Noir  e Petit Verdot e as variedades brancas de Chardonay, Sauvgnon Blanc, Viognier e Pinot Grigio.

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