No
mundo todo há duas regiões onde o cultivo de uvas viníferas são registrados.
Basicamente, estas culturas são desenvolvidas entre os paralelos 30º e 50º no
hemisfério norte, onde podemos encontrar a Califórnia, toda a Europa
mediterrânea, a Alemanha e Áustria, o Norte da África e, no hemisfério sul, a Austrália e a Nova
Zelândia, a África do Sul, o Chile e ainda a Argentina, o Uruguai e a parte sul
do Brasil.
No
entanto temos no Brasil uma experiência única no universo enológico, a
viticultura de semiárido tropical, que desperta curiosidade no mundo todo.
No
Vale do São Francisco, os municípios de Petrolina e Santa Maria da Boa Vista em
Pernambuco e Casa Nova, Juazeiro e Curaçá na Bahia, são responsáveis por 99% da uva de mesa
exportada pelo Brasil e pela produção de 5 milhões de litros de vinho por ano, onde
a capacidade produtiva das videiras são dadas pelo manejo e não pelo clima, como
acontece em outras regiões.
Sempre
seco e quente as plantas geram duas safras por ano em ciclos de 120 a 130 dias
e, com o escalonamento de vinhedos, é possível planejar colheitas o ano todo.
O período de descanso das vinhas é induzido pela
irrigação artificial e dura de 30 a 60 dias. O solo alcalino apresenta grandes
depósitos sedimentares rochosos e a grande insolação produz uvas com alto nível
de açúcar, resultando em vinhos bastante frutados.
O sertão do
nordeste tem clima semiárido, temperatura variando entre 20,5 e 31,7 graus Célsius,
relevo de planície, com altitude média de 350 metros e solo de origem sedimentar
alcalino.
As
principais variedades tintas são a Cabernet Sauvignon, Syrah, Tempranillo e
Touriga nacional e as variedades
brancas Chardonay, Moscato e Chenin Blanc.
A produção
no nordeste começou com a Vinícola
Boticelli nos anos 80, depois vieram a
Vinícola Ouro Verde – Miolo, a Vitivinícola Santa Maria - Vinibrasil -
Grupo Dão Sul – Portuga, a Adega Tedesco, O Chateau Ducos.
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