Quando lançados, os adoçantes eram indicados apenas para
pessoas diabéticas ou com restrições alimentares de ingestão de açúcar. Com o
passar do tempo, passaram a ser usados também por quem deseja ingerir menos
açúcar e controlar o peso. E se tornaram frequentes as dúvidas como essas: quando e quanto usar? Qual
o tipo mais adequado para mim?
Para começar, é preciso entender que adoçantes são compostos
por edulcorantes, ou seja, substâncias responsáveis por conferir sabor doce.
Existem dois tipos: os adoçantes não calóricos e os adoçantes calóricos. O
poder adoçante tem como uma unidade padrão o açúcar sacarose, o famoso açúcar
refinado e branquinho que usamos no dia-a-dia. O adoçante pode adoçar cerca de
quase duas vezes mais que o açúcar a até 300 vezes mais se considerarmos nas
mesmas proporções.
Por isso, precisamos conhecer os tipos de adoçantes para
saber qual é o mais indicado para cada pessoa. Vale saber: o adoçante ciclamato
e a sacarina são à base de sódio e podem colaborar para o aumento da pressão
sanguínea, não sendo indicado para pessoas hipertensas. Durante a gravidez,
existem tipos mais seguros, indicados para casos de sobrepeso ou diabetes
gestacional.
TIPOS
DE ADOÇANTES NÃO CALÓRICOS
SACARINA
SÓDICA - É o adoçante artificial mais antigo, não tem calorias. Descoberto
em 1897 é usado desde 1900. Foi descoberta
por acaso.. É sintético e extraído de um derivado do petróleo. Adoça
aproximadamente 300 vezes mais do que a sacarose. Não causa cáries. Possui sabor residual amargo
e metálico. Sua vantagem está em ser estável a altas temperaturas, podendo ser
utilizado em preparações quentes . É nNormalmente combinado com o ciclamato e
líquido (transparente)
CICLAMATO
DE SÓDIO - Também é sintético e extraído do petróleo. Seu sabor
adoçante é 30 vezes maior do que o açúcar. Muito utilizado em conjunto com a
sacarina, principalmente na formulação de bebidas líquidas dietéticas. Também
pode deixar um sabor residual amargo.
ASPARTAME
-
Sintético, produzido a partir de dois aminoácidos naturais (aminoácidos são
componentes das proteínas): o ácido aspártico e a fenilalanina. Seu uso está
contraindicado para pessoas portadoras de uma doença congênita rara chamada
"fenilcetonúria", diagnosticada através do teste do pezinho. Por isso
produtos à base de aspartame devem ter sempre indicado nos rótulos:
"Atenção: contém fenilalanina". Adoça cerca de 180 vezes mais do que
o açúcar, com a vantagem de não possuir o sabor amargo. A desvantagem é que
perde as propriedades de adoçar em altas temperaturas
ACESSULFAME-K - É um
sal de potássio produzido a partir de um ácido da família do ácido acético, o
nosso conhecido vinagre. Não é digerido pelo nosso corpo, ou seja, não é
metabolizado. É estável em altas temperaturas e seu poder é de 180 vezes mais
doce que o açúcar. Pessoas com deficiência renal e que tem o potássio
controlado devem evitar a utilização deste adoçante e de produtos que o
contenham.
STÉVIA
OU ESTÉVIA - Edulcorante natural, extraído de uma planta originária na
fronteira entre o Brasil e o Paraguai. Foi descoberta através dos índios faziam chás dessa planta para adoçar os
alimentos. Seu sabor é de 300 vezes mais doce que o açúcar, pode possuir
residual amargo e normalmente está associada com outros tipos de adoçantes.
ADOÇANTES
CALÓRICOS
FRUTOSE - Edulcorante
natural extraído das frutas e do mel. Contém quatro calorias por grama. Quando
ingerida junto com as refeições pode não alterar a glicemia, porém deve ser
utilizada com cautela por pessoas diabéticas e/ou com triglicérides elevados. Seu
poder adoçante é de 1,8 em relação ao açúcar
SORBITOL
E MANITOL - São álcoois de açúcar obtidos pela redução da glicose
(sorbitol) e frutose(manitol). Contêm 4 kcal por grama (o mesmo que os
carboidratos). Não causam cáries e por isso são largamente utilizados na
produção de goma de mascar. São utilizados por indústrias na elaboração de
produtos dietéticos. Podem possuir efeito laxativo.
É importante tomar cuidado com a ingestão de adoçantes. Por isso deve ser ingerido sob orientação profissional
de médicos ou nutricionistas. O seu uso precisa ser controlado para evitar os
excessos que podem ocorrer através do alto consumo de produtos diet, light ou
zero como refrigerantes, gelatinas, geleias, sucos, chás. É preciso atenção ao
limite máximo permitido de consumo diário.
Estudo recente publicado na revista "NeuroImage indicou
que quanto mais a pessoa utilizar adoçantes, isso pode "enganar" o
cérebro que esperava glicose devido ao sabor doce e como não a recebeu,
despertar o apetite.
Quando for usar adoçante líquido, não aperte para o líquido sair de uma vez, pingue
gota por gota. Desta forma você limita a quantidade usada de adoçante e também
tem ideia da quantidade que está usando. O ideal mesmo é nos acostumarmos ao
sabores naturais, tomando sucos e café sem nenhum tipo de adoçante.
Para obter o valor diário (máximo) recomendado, basta
multiplicar o valor que vamos dar agora, pelo seu peso: Edulcorante => Limite (mg/Kg)- Acesulfatame - K: 15; Aspartame: 40; Ciclamato:
11; Frutose: não existe limite; Sacarina: 5; Stévia: 5,5; Xylitol, Manitol e
Sorbitol: 15. Faça as contas e, se você usa adoçantes artificial e produtos que
levem este tipo de adoçante, faça as contas e fique atento ao seu consumo
máximo diário.
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