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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

DICAS DE SAÚDE: Que adoçante usar?



Quando lançados, os adoçantes eram indicados apenas para pessoas diabéticas ou com restrições alimentares de ingestão de açúcar. Com o passar do tempo, passaram a ser usados também por quem deseja ingerir menos açúcar e controlar o peso. E se tornaram frequentes as  dúvidas como essas: quando e quanto usar? Qual o tipo mais adequado para mim?

Para começar, é preciso entender que adoçantes são compostos por edulcorantes, ou seja, substâncias responsáveis por conferir sabor doce. Existem dois tipos: os adoçantes não calóricos e os adoçantes calóricos. O poder adoçante tem como uma unidade padrão o açúcar sacarose, o famoso açúcar refinado e branquinho que usamos no dia-a-dia. O adoçante pode adoçar cerca de quase duas vezes mais que o açúcar a até 300 vezes mais se considerarmos nas mesmas proporções.

Por isso, precisamos conhecer os tipos de adoçantes para saber qual é o mais indicado para cada pessoa. Vale saber: o adoçante ciclamato e a sacarina são à base de sódio e podem colaborar para o aumento da pressão sanguínea, não sendo indicado para pessoas hipertensas. Durante a gravidez, existem tipos mais seguros, indicados para casos de sobrepeso ou diabetes gestacional.


 

TIPOS DE ADOÇANTES NÃO CALÓRICOS

SACARINA SÓDICA - É o adoçante artificial mais antigo, não tem calorias. Descoberto em 1897 é usado desde 1900.  Foi descoberta por acaso.. É sintético e extraído de um derivado do petróleo. Adoça aproximadamente 300 vezes mais do que a sacarose.  Não causa cáries. Possui sabor residual amargo e metálico. Sua vantagem está em ser estável a altas temperaturas, podendo ser utilizado em preparações quentes . É nNormalmente combinado com o ciclamato e líquido (transparente)

CICLAMATO DE SÓDIO - Também é sintético e extraído do petróleo. Seu sabor adoçante é 30 vezes maior do que o açúcar. Muito utilizado em conjunto com a sacarina, principalmente na formulação de bebidas líquidas dietéticas. Também pode deixar um sabor residual amargo.
ASPARTAME - Sintético, produzido a partir de dois aminoácidos naturais (aminoácidos são componentes das proteínas): o ácido aspártico e a fenilalanina. Seu uso está contraindicado para pessoas portadoras de uma doença congênita rara chamada "fenilcetonúria", diagnosticada através do teste do pezinho. Por isso produtos à base de aspartame devem ter sempre indicado nos rótulos: "Atenção: contém fenilalanina". Adoça cerca de 180 vezes mais do que o açúcar, com a vantagem de não possuir o sabor amargo. A desvantagem é que perde as propriedades de adoçar em altas temperaturas

ACESSULFAME-K - É um sal de potássio produzido a partir de um ácido da família do ácido acético, o nosso conhecido vinagre. Não é digerido pelo nosso corpo, ou seja, não é metabolizado. É estável em altas temperaturas e seu poder é de 180 vezes mais doce que o açúcar. Pessoas com deficiência renal e que tem o potássio controlado devem evitar a utilização deste adoçante e de produtos que o contenham.

STÉVIA OU ESTÉVIA - Edulcorante natural, extraído de uma planta originária na fronteira entre o Brasil e o Paraguai. Foi descoberta através dos  índios faziam chás dessa planta para adoçar os alimentos. Seu sabor é de 300 vezes mais doce que o açúcar, pode possuir residual amargo e normalmente está associada com outros tipos de adoçantes.

ADOÇANTES CALÓRICOS

FRUTOSE - Edulcorante natural extraído das frutas e do mel. Contém quatro calorias por grama. Quando ingerida junto com as refeições pode não alterar a glicemia, porém deve ser utilizada com cautela por pessoas diabéticas e/ou com triglicérides elevados. Seu poder adoçante é de 1,8 em relação ao açúcar

SORBITOL E MANITOL - São álcoois de açúcar obtidos pela redução da glicose (sorbitol) e frutose(manitol). Contêm 4 kcal por grama (o mesmo que os carboidratos). Não causam cáries e por isso são largamente utilizados na produção de goma de mascar. São utilizados por indústrias na elaboração de produtos dietéticos. Podem possuir efeito laxativo.


É importante tomar cuidado com a ingestão de adoçantes.  Por isso deve ser ingerido sob orientação profissional de médicos ou nutricionistas. O seu uso precisa ser controlado para evitar os excessos que podem ocorrer através do alto consumo de produtos diet, light ou zero como refrigerantes, gelatinas, geleias, sucos, chás. É preciso atenção ao limite máximo permitido de consumo diário.

Estudo recente publicado na revista "NeuroImage indicou que quanto mais a pessoa utilizar adoçantes, isso pode "enganar" o cérebro que esperava glicose devido ao sabor doce e como não a recebeu, despertar o apetite.

Quando for usar adoçante líquido, não  aperte para o líquido sair de uma vez, pingue gota por gota. Desta forma você limita a quantidade usada de adoçante e também tem ideia da quantidade que está usando. O ideal mesmo é nos acostumarmos ao sabores naturais, tomando sucos e café sem nenhum tipo de adoçante.


Para obter o valor diário (máximo) recomendado, basta multiplicar o valor que vamos dar agora, pelo seu peso:  Edulcorante => Limite (mg/Kg)-  Acesulfatame - K: 15; Aspartame: 40; Ciclamato: 11; Frutose: não existe limite; Sacarina: 5; Stévia: 5,5; Xylitol, Manitol e Sorbitol: 15. Faça as contas e, se você usa adoçantes artificial e produtos que levem este tipo de adoçante, faça as contas e fique atento ao seu consumo máximo diário.

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