Por Rossana Menezes
Dirigido por Christopher Nolan.
Roteiro de Christopher e
Jonathan Nolan.
Com: Matthew McConaughey, Anne Hathaway, Wes Bentley,
David Gyasi, Topher Grace, John Lithgow, Mackenzie Foy, Casey Affleck, William
Devane, Ellen Burstyn e Michael Caine.
Interstellar reúne duas coisas
das quais sou fã: o trabalho de Nolan como diretor e CIÊNCIA!
O filme começa nos apresentando
a um futuro desolador. Mas não desolator como estamos acostumados. Não aquele
cenário pós apocalíptico ao qual somos frequentemente trazidos em filmes de
ficção. Um futuro relativamente próximo e plausível, onde o planeta está sendo
assolado por constantes tempestades de areia e pragas estão acabando com a
comida.
Nesse cenário somos
apresentados a Cooper (Matthew McConaughey), um ex piloto da NASA, seus filhos
e seu sogro e a vida que eles levam nesse versão da terra e como ele chega a
uma unidade da NASA, ou do que restou dela, onde conhece a Dra Brand (Anne
Hathaway). E é aqui que o filme começa.
Dito isso, eu começarei pelas
falhas do filme. Primeiramente colocar Matthew McConaughey (por mais que eu o
ame) com seu sotaque texano e a mania de mal abrir a boca pra falar,
interpretando um engenheiro em uma missão espacial, trocando ideias sobre
astrofísica e física quântica não foi a melhor das escolhas.
Se você superar esse pequeno
detalhe, o filme é maravilhoso. O cuidado com os fatos científicos, ainda que
sendo uma obra de ficção e indo um pouco além do que a nossa tecnologia atual
nos permite, a representação "visual" do Gargantua, o buraco negro, é
uma das coisas mais belas que já vi. Me arrepio só de lembrar. A questão das
marés no planeta que orbita o buraco negro, a concepção do buraco de minhoca, a
relatividade do tempo e mais inúmeros detalhes científicos que fazem de
Interstellar um filme extremamente fascinante.
Claro que é necessário um certo
interesse pelo assunto, se não você cai naquela mesma história de pessoas que
acham um filme de Super-Heróis uma porcaria, pois não gostam de super-heróis.
Eu, como tiete de cientista e absolutamente fascinada por astrofísica,
simplesmente amei.
Mas ainda assim, deixando toda
essas questões científicas de lado, ele é um filme sobre escolhas, sobre a
natureza humana, sobre o que nos leva ao sacrifício. E para não perder o hábito,
um final em aberto. Não em aberto para uma continuação, mas daqueles que te
deixam com uma pulga atrás da orelha e uma vontade enorme de pegar uma taça de
vinho e discutir por horas sobre o assunto com alguém tão louco quanto
você.
TRAILER
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