Tudo começou quando o mineiro Paulo
Gannam ainda
cursava jornalismo e escrevia para um blog, onde comentou, no artigo “Obra-prima de borracha” sobre uma galocha que
seu tio havia lhe apresentado. Era uma espécie de protetor de sapatos para os
dias de chuva, 100% de borracha. Apesar de estar bem acabado, Paulo pensou se
não haveria uma forma de melhorar o seu uso.
Ele acredita ter sido esse o ponto de partida que fez florescer a sua
verve inventiva.
Apreciador de Creme de
Açaí na tigela pensou em abrir um negócio para vender seu próprio produto. Entretanto, como a produção manual do creme
atrasaria todo o processo , surgiu a ideia de construir uma máquina para
agilizar a produção. Era a sua primeira invenção ou, a tentativa dela.
A partir daí ele não
parou mais de ter ideias. Elas vão surgindo espontaneamente. E, segundo ele,
com bastante ócio, pois é o ócio que permite a sintonia com a frequência inventiva.
Hoje, formado em
jornalismo e especialista em dependência química, sua grande paixão é pela
criação, por patentes, negociações e comercialização de produtos no mercado.
Seu objetivo é patentear o máximo de produtos possíveis junto aos órgãos
competentes e negociá-los com o meio empresarial, que costuma estar em busca de
novas tecnologias. O legado que Gannam gostaria de deixar são as suas ideias,
transformadas em produtos para o mercado.
Sistema de Cooperação no Trânsito, Sensor lateral para
proteger rodas e pneus junto ao meio-fio e Protetor de unhas para portadores de
onicofagia (hábito de roer as unhas) são invenções que já estão prontas para o
processo de patentes. Ele já tem o
protótipo físico do aparelho comunicador (pmv), e prova de conceito do sensor
para rodas, feita recentemente em PIC e Arduino. E em breve já vai estar fazendo testes com o protetor de
unhas.
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Gannam mostra o seu primeiro protótipo físico do aparelho comunicador
(pmv).
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A principal dificuldade para o
inventor no Brasil é que não existe nenhum programa que apoie o inventor
independente, fornecendo incentivos que viabilize técnica e economicamente o
desenvolvimento de projetos e confecção de um protótipo físico.
O que os inventores autônomos
precisam, neste momento, é do apoio de deputados e senadores para um projeto de
inserção de alterações na Lei de Propriedade Industrial (LEI Nº 9.279, DE 14 DE MAIO DE 1996) e de uma alteração na
Constituição Federal para melhorar as condições de trabalhos e direitos dos
inventores autônomos.
Com apoio e incentivos, os
inventores autônomos poderiam contribuir muito mais para melhorar o cotidiano
dos brasileiros.
Leia mais sobre Paulo Gannam, suas invenções e sua luta pela melhoria das condições de trabalho dos inventores autônomos em:
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