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quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

CINEMANIA: O Hobbit: A Desolação de Smaug - The Hobbit: The Desolation of Smaug (2013)

Por Rossana Menezes



País: USA, New Zealand 
Lançamento: 13 de Dezembro (2013)
Diretor: Peter Jackson
Roteristas: Fran Walsh, Philippa Boyens, Peter Jackson, Guillermo del Toro (Roteiro), J.R.R. Tolkien (Livro... mais ou menos).
 
Atores: 
Martin Freeman, Richard Armitage, Ian McKellen, Ken Stott, Graham McTavish, William Kircher, James Nesbitt, Stephen Hunter, Aidan Turner, Dean O’Gorman, John Callen, Adam Brown, Orlando Bloom, Evangeline Lilly, Lee Pace, Luke Evans, Sylvester McCoy, Stephen Fry e Benedict Cumberbatch.


 
Eu gostaria de começar esse review informando duas coisas:

1 - Eu sou fã de Tolkien, já li a maioria dos seus livros.

2 - Eu não sou uma fã chata que acha que todo filme que adapta um livro fica ruim e blábláblá. Se for bem feito eu elogio. Mas se for mal feito...

Dito isso eu deixo aqui as minhas impressões sobre a segunda parte de O Hobbit. 

Dando continuidade à saga de Bilbo Baggings e dos anões rumo à Montanha Solitária, onde Thorin Escudo de Carvalho irá reivindicar seu tesouro e reino, A Desolação de Smaug consegue ser um pouco melhor do que o primeiro filme da trilogia, mas está longe merecer o título de um excelente filme, como eu categorizaria a trilogia do Senhor dos Anéis. 

O filme é épico, é grandioso, é EXTREMAMENTE bem feito. Mas não deixa de ser um filme desnecessário. Algumas pessoas me falaram que não importa que ele tenha inventado um monte de coisas pra transformar um livro de 200 páginas em três filmes de quase três horas. Só o fato de estar vendo um filme sobre o universo criado por Tolkien é suficiente. Mas isso é simplista demais.

A minha grande crítica a Peter Jackson é que ele ficou ganancioso e megalomaníaco. O sucesso subiu-lhe à cabeça e ele se transformou no maníaco das epopeias. E matou a essência da história. Eu não vou nem criticar o fato de que esse roteiro foi a adaptação com a maior liberdade criativa que eu já vi na vida. 

Ele devia colocar no começo do filme: levemente baseado em uma história de Tolkien. Então não vou me aprofundar no fato (e sim apenas tocar levemente no assunto) de que ele inventou mais um personagem desnecessário, a elfa Tauriel, que traz ao filme um triângulo amoroso entre Légolas, ela e um ANÃO! Fora de propósito, fora de contexto, sem graça e não agregou nada à história, a não ser vários minutos a mais ao filme. Por sinal, Légolas nem faz parte do livro. Bilbo só o conhece no conselho de Elrond, em o Senhor dos Anéis. Outro personagem que existe, mas que também não aparece no livro é Rasdagast. Ele é apenas citado por Gandalf. E também não há nenhuma menção ao fato dele ter um ninho de passarinho na cabeça e ser uma figura meio nojenta. 
 

E não vou reclamar do fato de que Gandalf não passa nem perto de Dol Guldur no livro. A ida dele é apenas citada também no conselho de Elrond, mas isso eu até acho que foi um adicional interessante, pois deu uma consciência visual maior sobre o que estava por vir. 

Mas vamos lá... deixando toda essa parte da pífia adaptação de roteiro de lado, vamos ao filme em si e porque ele não me agradou. Começo dizendo que se ele não ganhar TODOS os Oscars técnicos será injusto. O filme é um perfeito deleite aos olhos. Maquiagem, figurino, cenografia, fotografia de certa forma (Que Christopher Doyle não me leia hahahaha), efeitos especiais, edição, edição de som... tudo! O dragão? O que é aquilo, minha gente? É capaz de eu ter pesadelos com ele de tão real!! 




Fora isso o filme cansa. Usando as palavras do próprio Bilbo em A Sociedade do Anel, ele parece pouca manteiga espalhada em um pedaço muito grande de pão! Mesmo quem nunca leu o livro, tendo dois ou três neurônios acordados percebe que ele é esticado. E fica chato. Mesmo com um ritmo acelerado em algumas partes, cenas de ação exageradas ou cenas extremamente longas e que se mostraram sem a menor importância na trama (como a cena do ouro derretido na Montanha Solitária), ele me fez olhar para o relógio.


Outra grande falha do filme é em relação aos personagens. Assim como O Senhor dos Anéis falhou com Elrond, o transformando em um personagem arrogante e intragável, O Hobbit falha com os anões, não sendo capaz de individualizar, nem que seja um pouco, cada um deles, além de ter deixado de lado a parte cômica. Quanto a Gandalf e Bilbo não tenho do que falar. Ambos tem um destaque interessante, tanto em termos de roteiro quanto em termos de interpretação.

Enfim... é um filme que a Rossana fã de Tolkien vai ver novamente, vai ver o terceiro e vai esperar sair o box com os 3 Blurays para comprar, mas a Rossana jornalista não poderia chegar aqui e elogiar, porque ele realmente está longe de ser um filme que eu classificaria como muito bom! 

Vale a pena para quem gosta muito do universo de Tolkien ou é viciado em efeitos especiais.


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