Porque precisamos escolher bem o que fazer em nosso dia a dia. As nossas escolhas definem a nossa qualidade de vida.


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quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

CINEMANIA: A VIAGEM (2012) - CLOUD ATLAS

Por Rossana Menezes



Direção:
Tom Tykwer, Andy e Lana Wachowski
Escritores:
David Mitchell ... (Livro "Cloud Atlas"), Lana Wachowski, Tom Tykwer e Andy Wachowski  (roteiro).
Elenco:
Tom Hanks (6 vezes), Halle Berry (6 vezes), Jim Broadbent (6 vezes), Hugo Weaving (6 vezes), Jim Sturgess (7 vezes), Doona Bae (6 vezes), Ben Whishaw (5 vezes), Keith David (4 vezes), James D’Arcy (3 vezes), Xun Zhou (4 vezes), David Gyasi (3 vezes), Brody Nicholas Lee (3 vezes), Susan Sarandon (4 vezes) e Hugh Grant (6 vezes). 

Existe uma diferença entre fazer um filme complexo e um filme complicado. Existe uma diferença entre um roteiro bem elaborado, com uma trama intrigante, uma edição bem feita, temas que nos levam à reflexão e exigem um pouco mais dos nossos neurônios e roteiros que são feitos pra pegar os bestas e fazer com que eles saiam por aí dizendo que o filme é super "cabeça", super complicado, quando na verdade ele é mal feito. 

Dessa vez os irmãos Wachowski tentaram uma receita "nova" (assim como em Matrix eles pegaram ideias dos outros, misturaram e venderam como uma obra prima). Pegue Magnolia, Blade Runner, Laranja Mecânica, 1984, Apocalypto, junte mais 250g de péssimas ideias. Bata no liquidificador. Jogue o suco fora e do bagaço faça um filme raso, sem pé nem cabeça e reze para meia dúzia de pseudo-intelectuais adorarem e fazerem propaganda positiva. O resto vem de graça e você pode ser o próximo "Wachowski". 



Cloud Atlas fala de 6 histórias diferentes, passadas em momentos diferentes que vão desde o século 19 ao 24. São histórias incompletas e sem muita importância, que vão se desenvolvendo ao longo de três tortuosas horas. Existem duas coisas muito legais nesse filme. Uma é a edição. A maneira como as 6 histórias se revezam, como eles pulam no tempo pra frente e pra trás ficou extremamente bem feita. Confesso que pode ter complicado o filme pra muita gente. Mas eu achei super legal. Segundo é o detalhe do avanço da língua no século 24. Achei bem interessante. Não sei se houve alguma pesquisa na área de linguística da parte dos roteiristas. Só sei que me pareceu bem apropriado e muito bem colocado. 

Fora isso o filme conta com um elenco bem responsável, que torna o filme um pouco menos irritante. Elenco esse que deve ter consumido 99% do orçamento, não deixando nada para o figurino, maquiagem e efeitos visuais. Nunca foi tão claro pra mim as cenas onde foi utilizado Chroma-Key (o famoso fundo verde) e acho que eles recrutaram estudantes do segundo período do curso de maquiagem da Universidade de Quixeramobim, pois nunca antes na história dos meus reviews eu vi algo tão hediondo. 

Junte-se a isso um monte de coisas sem importância,  pontas soltas, buracos na história e uma mensagem nem um pouco original sobre evolução humana, ética, a nossa condição como seres "racionais", os nossos desejos como seres mortais,  e o grande ponto central que até vale alguma reflexão, mas que poderia ter sido feito de forma muito mais competente, sobre o lado institivo e destrutivo do ser humano, não importando o quanto estejamos evoluídos tecnologicamente, acabamos comentendo os mesmos erros na esperança de que dessa vez algo vai ser diferente.

Eu não sei nem o que dizer... recomendar eu não recomendo não, a não ser que quisesse muito sacanear alguém... mas... tem gosto pra tudo nesse mundo velho, sem porteira...  

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