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segunda-feira, 9 de março de 2015

DICAS DE SAÚDE: HIPERTENSÃO INFANTIL




Quem não conhece alguém hipertenso? A hipertensão é um hoje uma doença que atinge uma boa parcela da população e, para onde nos viramos, encontramos alguém com esse problema. Atualmente, no Brasil, um em cada três adultos tem pressão arterial elevada.

Silenciosa, a hipertensão vai chegando aos poucos, sem que a pessoa perceba. Suas consequências, no entanto, são alarmantes. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a pressão alta é responsável por 45% dos ataques cardíacos e 51% dos acidentes vasculares cerebrais.

De acordo com pesquisa do Ministério da Saúde, o índice de pacientes com idade entre 18 e 24 anos é de 8% contra 50% para a faixa etária acima de 55 anos. O diagnóstico de hipertensão é maior em mulheres (25,5%), do que em homens (20,7%). Entre os principais causadores da doença estão o cigarro, o sedentarismo, a obesidade e o álcool.

Entretanto, quem conhece uma criança hipertensa ou que já levou uma criança ao pediatra e ela teve a pressão aferida?

A Sociedade de Cardiologia alerta que em 70% das consultas médicas a avaliação deste risco à saúde infantil é ‘esquecida’.

E alerta: a pressão alta já atinge 6% das crianças e adolescentes no Brasil, o que corresponde a uma média de 5 milhões de menores de 18 anos.

A hipertensão infantil compromete o funcionamento dos rins e, em casos raros, aproxima doenças graves que só apareceriam na vida adulta, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

O diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia, SBC, Carlos Alberto Machado, ressalta que a maior parte dos médicos ainda não tem o hábito de aferir pressão de crianças ou adolescentes durante as consultas.

Só em 29% das consultas a pressão arterial é mensurada

Por conta do índice de 70% de “esquecimento”, foi iniciado um trabalho para reverter o quadro.

Médicos de todo o País estão sendo instruídos sobre a importância de mensurar a pressão em crianças por meio de cartas e aulas em vídeo distribuídas pela SBC.

Genética e hábitos ruins

O cardiologista Jefferson Curimbaba, do Hospital do Servidor Público Estadual diz que a recomendação é medir pressão em crianças a partir de 3 anos de idade.

“A pressão, por muitas vezes, é esquecida. Para medir é necessário que a braçadeira do aparelho se adapte ao braço da criança ou adolescente”, explica Curimbaba.

O problema é que nem todas as unidades públicas e consultórios particulares contam com instrumentos adaptados ao público infantil, lamenta Machado. Segundo ele, existem dois tipos de hipertensão. A genética, que a criança herda a predisposição da família, e a ambiental - causada pela obesidade, maus hábitos alimentares e sedentarismo.

“Muitos pais chegam ao consultório pedindo atestado de dispensa médica para que seus filhos não participem das aulas de Educação Física na escola. Eu nunca dou”, reforça o especialista.
“É a única oportunidade da vida em que a criança pode pegar gosto pelo esporte. São muito poucos problemas cardiológicos que impedem a criança de fazer atividade física. Hoje em dia, a criançada passa a maior parte do tempo na frente da televisão e se torna sedentária”, lamenta Machado.

Rins no alvo

A hipertensão é um quadro muito grave, tanto para adultos quanto para crianças. Segundo Andréa Brandão, cardiologista e professora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) quando a criança é hipertensa, um dos primeiros órgãos a serem afetados são os rins.

“A hipertensão é um problema silencioso, que pode, pouco a pouco, acarretar problemas maiores na fase adulta”, explica.

Machado complementa que algumas crianças têm a função renal completamente destruída por conta da pressão alta e se tornam dependentes da diálise (aparelho que substitui a função dos rins), até que tenham a oportunidade de fazer um transplante.

“O rim filtra todo o sangue do corpo. As coisas boas são reabsorvidas e as ruins saem na urina. A pressão alta destrói todo o mecanismo que funciona como filtro”, explica o diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular da SBC.

Machado também acrescenta que, após o diagnóstico de pressão alta, não é preciso se desesperar. Basta seguir o tratamento prescrito pelo médico e medir a pressão a cada consulta com o profissional. Dependendo do caso, o tratamento não será feito só por médicos.

“Se uma criança obesa emagrecer, as chances do problema ser erradicado somente por meio da mudança alimentação são grandes”, explica ele.
Portanto Pais e Mães, fiquem alertas à alimentação e aos hábitos de suas crianças e, da próxima vez que for ao pediatra peça para aferir a pressão. Não dói e pode prevenir doenças futuras.


 Fonte: http://saude.ig.com.br/

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