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terça-feira, 22 de setembro de 2015

DICAS LITERÁRIAS: EDITORA ARGENTINA LANÇA LIVROS INFANTIS DE PERSONAGENS “ANTIPRINCESAS”.




LIVRO - ANTIPRINCESAS: GRANDES MULHERES RETRATADAS EM LIVROS PARA CRIANÇA
EDITORA - Chirimbote
AUTORA - Nadia Fink


Todo mundo conhece as histórias de princesas. Sabemos em que mundo elas vivem, como são seus castelos, a cor dos seus vestidos favoritos, quem são seus amigos, inimigos e com quem se relacionam.

Porém, não temos tantas informações assim de grandes mulheres. E esta é a premissa dos livros da série Antiprincesas.

Elas não viveram em castelos, não se destacaram por sua dedicação aos afazeres domésticos, não sonharam com bailes em palácios e príncipes encantados. As personagens desses livros são mulheres reais e fantásticas, que marcaram as artes e a história da América Latina.

A pintora mexicana Frida Kahlo e a multitalentosa Violeta Parra, ícone da música popular chilena, são as protagonistas dos primeiros livros da coleção “Antiprincesas”, que em breve ganhará mais um número, dedicado à vida de Juana Azurduy, heroína das lutas pela independência da Argentina e da Bolívia.

“Escolhemos mulheres que transcenderam sua época, que romperam com o que se esperava delas, mas que também tenham trabalhado com outras pessoas e se dedicado a construir de forma coletiva. Essa é uma condição para ser antiprincesa”, explica Nadia Fink, autora dos livros em parceria com o ilustrador Pitu, em entrevista a Opera Mundi.

E a autora continua:

“As princesas esperam sozinhas, buscam a felicidade individual e um final feliz em que necessariamente aparece um príncipe ou, no máximo, uma família. Nós valorizamos outras formas de viver:


Uma de nossas preocupações foi tentar entender os novos formatos experimentados por meninas e meninos de hoje, onde a linguagem não é linear e, sim, distribuída em várias janelas na tela para interagir. Nós valorizamos as novas gerações e não renegamos suas mudanças e desenvolvimento”.

A autora explica que os livros retratam o caminho político de suas protagonistas, independente de suas posições partidárias ou ideológicas, com o cuidado de não transformar os contos em panfletos:

“A intenção é disparar ideias nas crianças, não apresentar pensamentos fechados. Não queremos diminuir cabeças, queremos ampliá-las”, avisa a escritora. “Também não queremos matar as princesas, queremos mostrar outras realidades com as quais as crianças possam se identificar.”

Frida e Violeta não viveram felizes para sempre. A pintora mexicana morreu jovem depois de uma longa agonia e de uma vida marcada pelas doloridas sequelas de um acidente na adolescência. A cantora chilena se suicidou pouco antes de chegar aos 50 anos. Para falar desses desfechos que não se parecem a contos de fadas, Fink optou pelo realismo mágico, no caso de Frida, e por deixar em aberto, no caso de Violeta. “Decidimos falar da morte de Frida a partir das lendas mexicanas. No caso de Violeta, preferimos deixar que cada adulto que esteja acompanhando a criança que lê o livro decida como abordar o assunto”, explica.

Depois das histórias, os livros convidam os pequenos leitores a fazer autorretratos em frente ao espelho, como fazia Frida, e a pesquisar canções antigas em conversas com pessoas mais velhas, como fazia Violeta. Convidam crianças a brincar de ser antiprincesas. 


Os livros, por enquanto, só serão vendidos na Argentina. Quem sabe, em futuro próximo, alguma editora brasileira não se interessa em publicar por aqui? 

Fonte: Opera Mundi
            geekness.com.br


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