Porque precisamos escolher bem o que fazer em nosso dia a dia. As nossas escolhas definem a nossa qualidade de vida.


Menu

domingo, 6 de outubro de 2013

VINHOS & Cia: Academia Portuguesa de Vinhos. Parte II


Por Sérgio Menezes


 "O vinho lava nossas inquietações, enxuga a alma até o fundo e, entre outras coisas, garante a cura da tristeza." Sêneca

Continuando nossa viagem pelas regiões produtoras de vinho em Portugal durante o evento FORMAÇÃO DOS VINHOS PORTUGUESES, promovido pelo Wine of Portugal, fomos apresentados a região do Dão, uma das denominações de origem controlada (DOC) da Santa Terra. Esta região  tem as montanhas mais altas de Portugal, situa-se no centro-norte do país, na província da Beira Alta. 

A região produz, maioritariamente, Vinhos Tintos caracterizados por possuírem um teor alcoólico médio de 12ºC, uma inimitável coloração rubi, corpo redondo e consistência aveludada na boca.

Convenientemente envelhecidos tornam-se mais macios e suaves, ao passo que a coloração rubi toma sutis reflexos atijolados, adquirindo, então, um esplendoroso "bouquet" e um final longo.

Já os Vinhos Brancos – também com um teor alcoólico médio de 12ºC – possuem, quando jovens, uma bela cor citrina, aromas frutados relativamente complexos, são frescos na boca e têm um final delicado e elegante.
Caracterizam-se, ainda, por terem a rara faculdade de envelhecer de uma forma nobre e harmoniosa. ( fonte:Comissão Vitivinícola da Regional do Dão)


O representante da região foi Um varietal branco da Quinta do Cerrado Encruzado 2010.
A Quinta do Cerrado é um dos produtores mais antigos da região, uma empresa familiar fundada em 1942 e que atualmente é administrada pela 3ª geração da família Cunha Martins.

Quanto ao vinho, 100% da casta Encruzado, tem teor alcóolico de 13 %, bouque suave, pouco aromático, taninos adstringentes, enche a boca, frutado, harmonioso e persistente . Estagiou 2 meses em garrafa. Medalha de Bronze – Decanter Word Wine Awards 2010.




Localizada no coração de Portugal a Região Vitivinícola do Tejo tem, desde a Idade Média, sido reconhecida como uma das principais regiões vitivinícolas de Portugal.

A Região apresenta clima moderado, com temperaturas médias compreendidas entre os 15,50 C e 16,50 C, o valor da insolação situa-se cerca das 2800 horas/ano e a média anual de precipitação é de 750 mm, sendo um pouco mais elevada a Norte da Região, nomeadamente na zona de Tomar e um pouco menos elevada a Sul da Região, nomeadamente na zona de Coruche.

O vinho escolhido para representar a região do Tejo foi um Quinta da Alorna Reserva 2010 cortes de Touriga Nacional e Cabernet Sauvignon, cor púrpura, teor alcóolico 13,5%.
As 2 castas são vinificadas separadamente. Após 2 dias de maceração pelicular para extrair mais aromas, segue-se a fermentação com temperatura controlada a 23ºC. Após a fermentação e  estágio de 12 meses em barricas de carvalho francês, o lote final é colado e filtrado antes do engarrafamento. Aroma Intenso a violetas e groselha madura da Touriga, com especiarias próprias do Cabernet e complexidade dada pelo estágio em madeira e prova Corpo equilibrado e redondo, confirma-se na boca o carácter floral e frutos pretos maduros. Intenso e persistente. Gastronomia: Servir a 16-18ºC. Acompanha pratos de caça, cabrito, carneiro ou outras carnes condimentadas. Ideal para a culinária nordestina.


O Alentejo é uma das maiores regiões vinícolas de Portugal, com cerca de 22.000 hectares, correspondendo a dez por cento do total de vinha de Portugal. Região quente e seca do sul, é dominada por extensas planícies de solos pobres. As muitas horas de sol e as temperaturas muito elevadas no Verão permitem a maturação perfeita das uvas.
A cultura da vinha na região remonta à presença romana, após a fundação de Beja, entre 31 e 27 a. C

Nos vinhos alentejanos pontuam as castas Trincadeira, Aragonez, Castelão e Alicante Bouschet resultando em tintos encorpados, ricos em taninos e aromas a frutos silvestres. As castas brancas são a Roupeiro, a Antão Vaz e a Arinto, resultando em vinhos brancos geralmente suaves, com aromas a frutos tropicais. Os vinhos DOC Alentejo correspondem hoje a 47 % do mercado em Portugal.

Para representar a vinícola Fundação Eugênio de Almeida produtora de velhos conhecidos nossos como o SCALA COELI, PERA MANCA, EA e o CARTUXA. Vinhos associados a sua qualidade e ao nome dos monges Cartuxos que, desde 1598, levam uma vida solitária de oração no Convento de Santa Maria Scala Coeli.
O vinho escolhido foi o Cartuxa Alentejo – Évora - Tinto 2010, produzido desde 1986 a partir das castas, Alicante Bouschet, Aragonez e Trincadeira, Estagiou durante 12 meses em tonéis e barricas de carvalho francês e 8 meses em garrafa. Apresenta uma cor granada e um aroma de frutos silvestres, com notas de tabaco e especiarias. Na boca tem uma boa estrutura, com taninos maduros, boa concentração, fresco e equilibrado,com teor alcóolico 14,5 %.



Durante o evento, o jornalista e crítico Ruy Falcão explanou sobre outras regiões produtoras de vinhos, mas que não trouxeram exemplares para a degustação. Tratou-se apenas de mostrar as características das castas mais plantadas e dos terroirs da Ilha da Madeira, Açores e Lisboa.

Em outro momento voltaremos a falar mais sobre outros vinhos de Portugal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...