Por Sérgio Menezes
"O vinho lava nossas
inquietações, enxuga a alma até o fundo e, entre outras coisas, garante a cura
da tristeza." Sêneca
Continuando nossa viagem pelas
regiões produtoras de vinho em Portugal durante o evento FORMAÇÃO DOS VINHOS
PORTUGUESES, promovido pelo Wine of Portugal, fomos apresentados a região do
Dão, uma das denominações de origem controlada (DOC) da Santa Terra. Esta região tem as montanhas mais altas de Portugal, situa-se
no centro-norte do país, na província da Beira Alta.
A região produz,
maioritariamente, Vinhos Tintos caracterizados por possuírem um teor
alcoólico médio de 12ºC, uma inimitável coloração rubi, corpo redondo e
consistência aveludada na boca.
Convenientemente envelhecidos
tornam-se mais macios e suaves, ao passo que a coloração rubi toma sutis
reflexos atijolados, adquirindo, então, um esplendoroso "bouquet" e
um final longo.
Já os Vinhos Brancos –
também com um teor alcoólico médio de 12ºC – possuem, quando jovens, uma bela
cor citrina, aromas frutados relativamente complexos, são frescos na boca e têm
um final delicado e elegante.
Caracterizam-se, ainda, por
terem a rara faculdade de envelhecer de uma forma nobre e harmoniosa. ( fonte:Comissão
Vitivinícola da Regional do Dão)
A Quinta do Cerrado é um dos
produtores mais antigos da região, uma empresa familiar fundada em 1942 e que
atualmente é administrada pela 3ª geração da família Cunha Martins.
Quanto ao vinho, 100% da casta
Encruzado, tem teor alcóolico de 13 %, bouque suave, pouco aromático, taninos
adstringentes, enche a boca, frutado, harmonioso e persistente . Estagiou 2
meses em garrafa. Medalha de Bronze – Decanter Word Wine Awards 2010.
Localizada no coração de
Portugal a Região Vitivinícola do Tejo tem, desde a Idade Média, sido
reconhecida como uma das principais regiões vitivinícolas de Portugal.

O vinho escolhido para
representar a região do Tejo foi um Quinta da Alorna Reserva 2010 cortes de Touriga
Nacional e Cabernet Sauvignon, cor púrpura, teor alcóolico 13,5%.
As 2
castas são vinificadas separadamente. Após 2 dias de maceração pelicular para extrair
mais aromas, segue-se a fermentação com temperatura controlada a 23ºC. Após a
fermentação e estágio de 12 meses em
barricas de carvalho francês, o lote final é colado e filtrado antes do
engarrafamento. Aroma Intenso a violetas e groselha madura da Touriga, com
especiarias próprias do Cabernet e complexidade dada pelo estágio em madeira e
prova Corpo equilibrado e redondo, confirma-se na boca o carácter floral e
frutos pretos maduros. Intenso e persistente. Gastronomia: Servir a 16-18ºC.
Acompanha pratos de caça, cabrito, carneiro ou outras carnes condimentadas.
Ideal para a culinária nordestina.
O Alentejo é uma das
maiores regiões vinícolas de Portugal, com cerca de 22.000 hectares,
correspondendo a dez por cento do total de vinha de Portugal. Região quente e
seca do sul, é dominada por extensas planícies de solos pobres. As muitas horas
de sol e as temperaturas muito elevadas no Verão permitem a maturação perfeita
das uvas.
A cultura da vinha na região
remonta à presença romana, após a fundação de Beja, entre 31 e 27 a.
C
Nos vinhos alentejanos pontuam
as castas Trincadeira, Aragonez, Castelão e Alicante Bouschet resultando
em tintos encorpados, ricos em taninos e aromas a frutos silvestres. As castas
brancas são a Roupeiro, a Antão Vaz e a Arinto, resultando em vinhos
brancos geralmente suaves, com aromas a frutos tropicais. Os vinhos DOC
Alentejo correspondem hoje a 47 % do mercado em Portugal.

O vinho escolhido foi o Cartuxa
Alentejo – Évora - Tinto 2010, produzido desde 1986 a partir das castas,
Alicante Bouschet, Aragonez e Trincadeira, Estagiou durante 12 meses em tonéis
e barricas de carvalho francês e 8 meses em garrafa. Apresenta uma cor granada
e um aroma de frutos silvestres, com notas de tabaco e especiarias. Na boca tem
uma boa estrutura, com taninos maduros, boa concentração, fresco e equilibrado,com
teor alcóolico 14,5 %.
Durante o evento, o jornalista
e crítico Ruy Falcão explanou sobre outras regiões produtoras de vinhos, mas
que não trouxeram exemplares para a degustação. Tratou-se apenas de mostrar as
características das castas mais plantadas e dos terroirs da Ilha da Madeira,
Açores e Lisboa.
Em outro momento voltaremos a
falar mais sobre outros vinhos de Portugal.
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