“ Estes vinhos aromáticos...são
como a ambrosia tão querida ao amor” Luís de Camões (1572)

Como
harmonizar tudo isto?
Bem, já falamos do Vinho do
Porto e dos Moscatéis, mas ainda falta falar de uma classe especial de vinhos
doces que podem perfeitamente harmonizar com estes pratos e sobremesas do ciclo
natalino. São os vinhos de colheita tardia e os Icewine ou vinhos do gelo.

Outro método de aumentar a
concentração do açúcar na uva é estimular a “podridão nobre” através de um
fungo chamado Botrytis Cinerea, comum em ambientes úmidos e que favorecem a
desidratação da baga da uva.
Alguns dos mais famosos vinhos
doces naturais são produzidas dessa forma, destacando-se entre estes os
franceses Sauternes e os húngaros Tokaji.
No
processo dos Icewines as uvas gelam na vinha e, após a eliminação do
gelo, resultam num mosto com elevada concentração de açúcar, mas de
baixíssima rentabilidade, produzindo poucas garrafas por vinha. Esta
concentração torna seu sabor tão recheado de aromas que, por si só, este vinho é
tomado como sendo a própria sobremesa.
Sua
origem data do século 18 mas, só em meados do século passado é que o
viticultores alemães começaram a produzir Eiswien de forma intencional e em
bases consistentes. Hoje o Canadá, aonde este tipo de vinho chegou nos anos 70,
é o maior produtor e este vinho se tornou um ícone no país. Por sua
rentabilidade baixa na produção o Icewine, como se chama no Canadá, é um vinho
caro.
Cerca de 75% da produção
canadiana de ice wine provém do Ontário e a restante da Columbia Britânica,
embora a Nova Escócia e o Quebec também produzam pequenas quantidades. A
Alemanha segue de perto o líder e Áustria, Austrália, Croácia, República Checa,
França, Hong Kong, Hungria, Israel, Itália, Luxemburgo, Nova Zelândia,
Eslováquia, Eslovénia, Suécia e Estados Unidos, são igualmente produtores.
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