por CAROLINA MENEZES
Autor: JOHN GREEN
Editora: Intrínseca
Tradução: Juliana Romeiro
Assunto: LITERATURA ESTRANGEIRA
- ROMANCE
Cidades de Papel conta a
história de Quentin, mais conhecido como Q, um menino que está no ultimo ano do
ensino médio, e que é apaixonado por sua vizinha, com quem costumava brincar
quando eram crianças. Lançado em 2008, Cidades de Papel é o terceiro livro do
autor John Green. O livro é dividido em três partes, Os Fios, A Relva e O
Navio. Cada um desses nomes é inspirado em uma metáfora abordada no livro.
Q é um adolescente diferente da
maioria. É centrado, segundo ele por ser filho de psicólogos, e na dele. Não
gosta de se meter em confusão e se preocupa muito com tudo. Já sua vizinha,
Margo, é o oposto. Ela tenta viver a vida ao máximo. Uma frase que sintetiza
bem essa diferença entre os dois protagonistas é “Quando dei os dois passos,
Margo também deu, igualmente curtos e silenciosos, porém para a frente.” Apesar
da frase estar no sentido literal, ela também pode ser interpretada como uma,
das muitas metáforas, uma vez que ela traduz a personalidade dos dois: enquanto
Quentin reluta diante das aventuras, Margo reluta diante da monotonia.
Após anos sem falar com
Quentin, Margo aparece na sua janela uma noite, vestida de ninja e o chama para
uma noite que ela promete ser a melhor da vida dele. Mas, depois da noite de
aventuras, Margo some. Não demora muito para que Quentin descubra que a menina
havia deixado pistas para ele seguir. Logo, Q e seus amigos começam uma busca
atrás de qualquer coisa que pudesse revelar o paradeiro da garota. E, através das
pistas, Quentin começa a descobrir que há muito mais em Margo do que ele jamais
imaginou.
Apesar de ser uma leitura fácil
e rápida, o livro trata de questões mais profundas da vida, através de suas
metáforas, que se destacam e, às vezes, até ofuscam o resto da história. A
forma que John Green usa para falar sobre isso, usando a personagem Margo, é
bem interessante. No começo do livro a vemos como alguém rasa e fútil. Mas, através da busca por ela, vamos, aos
poucos, descobrindo que se trata de uma personagem com muito mais potencial e
com uma visão de mundo bastante particular. É impossível ler esse livro sem
pensar sobre as pessoas de papel, sem se perguntar se as pessoas te veem do
jeito que você realmente é.
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