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8220;– Estou maisPara São PedroDo quePara São Paulo” – Ao padreConfessei“– Como assim?” –Me perguntouO padreCom a batinaArrastandoEm plenaConfissão “– Porque em São PauloEu abraçariaAquele que Me feriuAquele queCuspiu no rostoRasgou-me as vestesE repartiu comOs três guardasEm São PedroEu negariaAs três vezesAinda mesmoAntes do galo cantar Em São PauloHá caridadeEm São PedroAs pernasSão todas bambasAs culpasSão todas nossasQue (...)
Agosto, 2008Para Karla Melo A partir da Fenomenologia da Percepção[1], estudo desenvolvido por Merleau-Ponty, procurei dialogar com a experiência da escrita na língua francesa no período que passei em Paris entre setembro de 2006 e janeiro de 2007[2]: processo de individuação decorrido da necessidade de me expressar numa língua estrangeira, de fazer a ponte do sentido ao signo proferido pela palavra nova que se aprende e se apreende ao mesmo tempo – um nascer em outra língua. E ao nascer se descobre um mundo novo, repleto de infinitas possibilidades, enxergando (...)
ARQUEOLOGIA FAMILIAR Andei arrumando umas papeladas, revendo e recuperando um pouco desse fato consumado que se chama tempo. Velhos sonhos a morrer na gaveta. Entre retratos, objetos, cartas, encontro um postal sem data, com a minha letra de colegial aplicada: “Volte logo, já sinto saudades.” A quem teria enviado? Misturadas às miudezas, dentinhos de leite da criançada. Porta-moedas com algumas de 2.000 réis de prata-1888, homenageando Petrus II. Um dedal de ouro com ele, minha tia avó Sinhá Teté costurava os vestidos das minhas bonecas. Um par de abotoadura de prata do meu pai. Estojo de retrato “(...)
por fotografias te conhecifoi amor à prima vista nosso primeiro encontro foi oníricoa paixão se concretizou ao contato com teu corpo tépidotuas curvas sensuaisteu hálito perfumadoteu corpo escultural teus seios encantadores entranhas oceânicaso ventre abrasador teu calor inebriou-meacariciou o meu corpo todobeijou os meus pés como se eu fora um anjoenamorado estava deslumbrado permaneçono compasso de nossas pulsações não abandono teu regaçoquero-te mais e cada vez mais acariciar-teà luz do solou dias de mormaçonas noites de luar (...)
Torre Malakoff Na Praça do Arsenal de Marinha, a velha torre, antiga entrada do Estaleiro Naval, reina soberana. Em 1905 era o edifício mais alto da cidade que detinha a primazia de ser o segundo polo de Construção Naval do país. Estava em curso a Guerra da Criméia, entre o Japão e a Rússia. O povo deu-lhe esse nome em alusão a uma edificação que existia no país eslavo.À direita da Torre o prédio da Capitania dos Portos, antes utilizada pela Escola de Aprendizes Marinheiros de Pernambuco, e (...)
O rato roeuo resto queo rei me deu,e morreu eu sou o ratoe o resto sou eu… (Clébio Duarte) Faço poesia com teus olhose com tudo de tidaquilo que não existee do que poderia não sei rimarnão quero rimar rimar é o meu reversode poema a não ser quea rima rime por mim apenasquero tocaro mundofazer amor comas palavras como quemdesejadesejadeseja ( Alessandra Bessa) Jogo Apitos atordoados (...)
Herança* há um sentimento indígenano torto passo que douno pouco tato que tenho: vou sentindo ocaa raiz em que me lenho. Trajeto* fui acontecidadesde a noite de natalquando no cimo da árvorecravaram espinhopedrae mel morri no nomequando não pude nadar cantar então é um enormecactona garganta. Manga-espada** Tão grande a árvore que pensa o meninodesconhecer o céu. Sai cantando as frutas no chãoe desenvolve com elas uma história deternura, violência (...)
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