
No
entanto temos no Brasil uma experiência única no universo enológico, a
viticultura de semiárido tropical, que desperta curiosidade no mundo todo.
No
Vale do São Francisco, os municípios de Petrolina e Santa Maria da Boa Vista em
Pernambuco e Casa Nova, Juazeiro e Curaçá na Bahia, são responsáveis por 99% da uva de mesa
exportada pelo Brasil e pela produção de 5 milhões de litros de vinho por ano, onde
a capacidade produtiva das videiras são dadas pelo manejo e não pelo clima, como
acontece em outras regiões.
Sempre
seco e quente as plantas geram duas safras por ano em ciclos de 120 a 130 dias
e, com o escalonamento de vinhedos, é possível planejar colheitas o ano todo.
O período de descanso das vinhas é induzido pela
irrigação artificial e dura de 30 a 60 dias. O solo alcalino apresenta grandes
depósitos sedimentares rochosos e a grande insolação produz uvas com alto nível
de açúcar, resultando em vinhos bastante frutados.

As
principais variedades tintas são a Cabernet Sauvignon, Syrah, Tempranillo e
Touriga nacional e as variedades
brancas Chardonay, Moscato e Chenin Blanc.
A produção
no nordeste começou com a Vinícola
Boticelli nos anos 80, depois vieram a
Vinícola Ouro Verde – Miolo, a Vitivinícola Santa Maria - Vinibrasil -
Grupo Dão Sul – Portuga, a Adega Tedesco, O Chateau Ducos.
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