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terça-feira, 15 de novembro de 2016

DICAS LITERÁRIAS: FELICIDADE FOI-SE EMBORA?






Livro: Felicidade Foi-se embora?
Autores: Leonardo Boff, Mario Sergio Cortella, Frei Betto
Editora: Vozes



Felicidade foi-se embora? A tristeza não tem fim, mas a felicidade sim? É impossível ser feliz sozinho? Três dos mais prestigiados autores do país se reúnem nesta obra para falar da Felicidade, este tema que nos inquieta, nos provoca e incita a construir todos os dias a base para alcançar este momento de plenitude da vida. São muitas as perguntas, e nenhuma tem uma resposta definitiva. Mas com certeza neste livro você vai encontrar uma inspiração para buscar a felicidade em todos os momentos da vida, até nos mais difíceis. Se abra para a felicidade e verá que é bem mais simples do que imaginava!

Lançado com um debate dos três Autores, Frei Betto, Leonardo Boff e Mário Cortella, o livro nos leva a um aprofunda reflexão sobre o que é realmente felicidade e o que nós pensamos que ela é.

Boff diz que o tema do livro foi uma sugestão da editora, por julgar o assunto atual e merecedor de uma abordagem mais aprofundada que a das publicações de autoajuda. “Essa indústria criou um mercado no qual se oferecem soluções fáceis, mas enganosas de felicidade. Esse tipo de literatura mostra algo inegável: a ansiedade de sermos felizes. Mas não de qualquer jeito. Uma felicidade nasce de nós mesmos, de nosso coração, de nossas potencialidades internas. Ilusória é aquela prometida a partir de fórmulas tiradas com cacos de ciência, de sabedoria oriental, de psicologia e de religião e que dispensa o trabalho interior de criar as condições de torná-la real. A felicidade não é filha do acaso nem é dada espontaneamente por si mesma. Ela resulta de um processo criativo do ser humano, no esforço de criar sentido com tudo o que faz e de descobrir sentido que se realiza no curso de sua história e naquilo que vive cotidianamente”, pontua.

Talvez uma das tarefas mais difíceis seja defini-la. “O que é profundo e tem a ver com o sentido radical de nossa existência não pode ser definido de forma cabal e que responde a todas as demandas. É sempre uma realidade em aberto. A felicidade não se define, vive-se e se constrói”, opina o teólogo. No capítulo em que expõe seus pensamentos, Felicidade: não correr atrás de borboletas, mas cuidar do jardim para atraí-las, Boff comenta que a busca da felicidade é da essência do ser humano e cita Aristóteles. “A felicidade, segundo o filósofo grego, é fruto do agir e do bem viver. Portanto, ela resulta de um modo de vida virtuoso; tudo o que a pessoa pensa e faz é bem pensado e benfeito. A felicidade que daí se deriva vale por si mesma, sem acrescentar-lhe qualquer coisa. Por isso não há nada melhor e mais excelente que a felicidade”, descreve em um determinado trecho.

Boff acrescenta que todos somos devorados pela ânsia desse sentimento, porque somos construídos de tal forma que buscamos sempre uma plenitude de vida e um sentido que oriente nossa trajetória pelo mundo. “É um impulso que nos toma totalmente e não nos deixa em paz enquanto não atendermos minimamente a ele. O resultado dessa diligência é o que chamamos de felicidade. Ela não existe em si; é consequência de retas relações para consigo mesmo, de adequadas relações para com a vida, para com os outros, para com a natureza, para com a Mãe Terra e para com o todo que nos circunda”, afirma.

"Não existe a felicidade como perenidade. A ideia da felicidade como um estado permanente é uma impossibilidade, à medida que uma boa parte dos nossos sentimentos é vivenciada pela ausência (...) Felicidade não é um estado contínuo, não pode e nem deve sê-lo. E nem seria possível, pois isso colocaria a pessoa próxima do estado de demência", resume o filósofo, educador e escritor Mario Sergio Cortela logo na abertura do seu texto.
Outro ponto em comum apontado neste pequeno livro de 130 páginas é a importância da boa convivência familiar e o papel dos amigos para tornar mais frequentes e duradouros estes nossos momentos de felicidade. Ou seja, ninguém consegue ser feliz sozinho.
Escreve Frei Betto: "Sou feliz por pertencer a uma família afetuosa, e considerar suficiente o necessário. A razão principal da felicidade reside, porém, em dois fatores: as amizades conquistadas ao longo da vida e o sentido que imprimo à minha existência. As amizades me suscitam amor e me fazem sentir amado. É um privilégio saber que posso bater, sem aviso prévio, à porta de amigos e amigas às três da madrugada, em cidades do Brasil e do exterior, com a certeza de que serei bem-acolhido".

Leonardo Boff completa: "A felicidade e a paz não são construídas pelas riquezas materiais e pelas parafernálias que nossa civilização materialista e pobre nos apresenta (...)Nós nos esquecemos que aquilo que nos traz felicidade é o relacionamento humano, a amizade, o amor, a generosidade, a compaixão e o respeito, realidades que têm muito valor mas não têm preço".
E aí, será que a felicidade está indo embora? Bem, que tal comprar o livro, dar uma boa lida e depois responder a essa pergunta?



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